Zuleica (Aline Borges) é “a outra” de Tenório (Murilo Benício), mas ao menos terá pena da mulher traída em Pantanal.
A enfermeira ficará cheia de dedos quando o homem contar que Maria Bruaca (Isabel Teixeira) descobriu sobre a família paulistana dele. Com uma espécie de empatia tardia, a mulher confessará ter dó da dona de casa na novela das nove da Globo.
A segunda mulher do grileiro aparecerá no capítulo do próximo sábado (11), ao recepcionar o crápula em São Paulo. Ele, então, revelará os maus bocados que vem passando nas planícies alagadas.
Em um breve desabafo, ele dará um panorama sobre o encontro de Guta (Julia Dalavia) e Marcelo (Lucas Leto), as discussões com a filha –que chegaram aos ouvidos de Bruaca– e a consequente revolta da dona de casa.
No final das contas, Zuleica se sentirá mal e terá pena da mulher traída. Ela não verá a pantaneira como rival pela atenção de Tenório em nenhum momento. A própria enfermeira só acabou naquela situação porque passou por uma barra durante a adolescência –e não pôde contar com a empatia de ninguém.
Se a trama seguir à risca a versão original, exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999), Zuleica conheceu Tenório após ser vítima de uma tragédia. A profissional da área da saúde, então vivida por Rosamaria Murtinho, foi estuprada.
No entanto, os pais dela não acreditaram na situação que a enfermeira relatou –especialmente após ela aparecer grávida de Marcelo. Ou seja: o rapaz é fruto de um estupro, e não filho de Tenório. Por isso, ele ficará livre para viver o romance com a suposta meia-irmã.
Zuleica, aliás, só acabou nos braços de Tenório devido à expulsão. Sem ter para onde ir e comovida com o apoio que recebeu do grileiro, ela acatou a ideia de ser a “outra” –apesar de só ter descoberto que o crápula era casado anos depois.
“É bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio –Maria Bruaca, Zuleica e Tenório– que ela não larga a mão da Maria. A sororidade e a empatia estão na frente”, afirmou Aline Borges, que interpreta Zuleica, em entrevista enviada à imprensa pela Globo.
“É bonito o Bruno [Luperi, autor] não ter ido para o caminho da rivalidade entre as mulheres. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar.
Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem”, completou ela
